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Jogos casuais no celular vão dominar mercado gamer no Brasil

Os jogos casuais e sociais, como Candy Crush e Free Fire, devem representar mais de 83% do faturamento do setor de games no Brasil até 2028. Com acesso fácil pelo celular e entrada gratuita, esse segmento é considerado resiliente até em tempos de crise. A previsão é de que o mercado nacional dobre de tamanho e alcance US$ 3,67 bilhões.

Com adesão massiva e entrada gratuita, os jogos casuais lideram a revolução gamer no Brasil. Segundo um relatório da Price waterhouse Coopers (PwC), eles devem responder por mais de 83,8% do faturamento da indústria nacional de games nos próximos três anos.

O setor como um todo deve dobrar até 2028 e movimentar US$ 3,67 bilhões, o equivalente a R$ 21,5 bilhões. O crescimento anual médio será de 16,3%. Enquanto isso, os jogos de console e PC avançam a um ritmo bem menor, entre 5% e 6% ao ano.

De acordo com Ricardo Queiroz, sócio da PwC, o sucesso dos games casuais está na acessibilidade: o celular já é o meio preferido por 75% dos brasileiros para jogar, e o custo de entrada é nulo — diferente de um show ou festival, que pode custar mais de mil reais.

Mesmo com a instabilidade econômica e tensões como a “guerra tarifária” entre EUA e China, o mercado brasileiro deve continuar crescendo. Isso porque os jogos casuais não dependem de importações caras, ao contrário dos consoles.

Em 2023, a indústria de games no Brasil faturou US$ 1,7 bilhão. Desse total, US$ 667 milhões vieram de publicidade, especialmente de anúncios “premiados”, que oferecem recompensas dentro do jogo em troca de visualizações de vídeos.

Essa estratégia tem se mostrado eficaz em países emergentes como o Brasil, onde o custo de assinaturas ainda é um obstáculo. Até 2028, a receita publicitária em apps de games no país deve crescer 24,8% ao ano — quase o dobro da média global.

No mundo, a Ásia-Pacífico lidera o setor, com previsão de US$ 181,8 bilhões até 2028, seguida por América do Norte, Europa e, bem mais abaixo, América Latina.

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