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Internet morta? Teoria questiona presença humana online

A Teoria da Internet Morta afirma que a maioria das interações e conteúdos online já não são feitos por humanos, mas por bots e sistemas de inteligência artificial. Criada em 2021, a teoria sugere que a internet “morreu” em 2016, quando os robôs teriam assumido o controle da rede global.

Essa teoria surgiu em 2021, no fórum Agora Road Macintosh Cafe, por um usuário anônimo chamado IlluminatiPirate. Ele defende que, desde 2016 ou 2017, a internet é majoritariamente controlada por bots, não por humanos, ou seja, que a internet está morta.

Segundo a teoria, postagens em redes sociais seriam criadas automaticamente para gerar engajamento e lucro com publicidade. Comentários e interações também poderiam vir de contas falsas, operadas por máquinas. Há ainda quem acredite que governos usam robôs para manipular opiniões.

Embora classificada como teoria da conspiração, a ideia chama atenção para problemas reais, como o uso crescente de bots. Um estudo da empresa de cibersegurança Imperva mostra que eles representam 47,4% do tráfego da internet.

Bots são programas que executam tarefas automáticas, desde preencher formulários até interagir com plataformas como o YouTube, que já usou esse recurso para simular participação e atrair usuários.

As redes sociais são um ponto crítico. Plataformas como TikTok, Facebook e Instagram têm cada vez mais conteúdos gerados por IA, inclusive influenciadores e comentários automatizados. Apesar disso, milhões de pessoas ainda usam essas redes como canais humanos de expressão.

No entanto, há preocupação com a desinformação. Bots tiveram papel importante na propagação de fake news, principalmente em períodos eleitorais. Segundo a Reuters, quase metade dos americanos usa redes sociais como fonte de informação, o que amplia os riscos.

Há iniciativas contra o avanço mecânico. O Google penaliza textos que tentam burlar algoritmos e valoriza conteúdo autêntico, criado por humanos. Já plataformas como a Meta investem em IA para detectar fake news, mesmo com histórico de disseminação de conteúdo nocivo.

Ao mesmo tempo, cresce o uso de comunidades online privadas, financiadas por assinaturas e voltadas à interação humana real.

A Teoria da Internet Morta não é comprovada, mas destaca um fato inegável: a presença de robôs na internet é cada vez maior. A rede ainda é viva — mas com novos habitantes.

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