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Google lança IA que transforma imagens em jogos 2D jogáveis

O Google DeepMind revelou o Genie 3, nova inteligência artificial que converte imagens ou textos simples em jogos 2D interativos. Embora ainda não esteja disponível ao público, a tecnologia promete facilitar o desenvolvimento de mundos virtuais mesmo sem conhecimento técnico. Voltada para pesquisas, a IA busca expandir os limites da simulação e do aprendizado autônomo.

O Genie 3 é a mais recente criação do Google DeepMind voltada ao universo dos games. A ferramenta transforma descrições textuais ou imagens estáticas em jogos interativos em 2D. O foco principal são os desenvolvedores, mesmo aqueles sem conhecimento técnico avançado.

Apesar de não estar disponível ao público, o DeepMind trata o Genie 3 como uma plataforma de pesquisa. Jogos são usados como ambiente de testes para investigar os limites da inteligência artificial.
A nova versão apresenta melhorias importantes em relação ao modelo anterior, lançado sete meses antes. A fidelidade gráfica aumentou, a interação ficou mais contínua, e a memória visual foi aprimorada: agora, o modelo consegue manter elementos em cena por vários minutos, contra os 10 segundos da versão anterior.

Utilizando comandos de teclado, o usuário navega por mundos virtuais com resolução de 720p a 24 FPS. O sistema permite alterar o ambiente em tempo real, inserir personagens, mudar o clima ou modificar objetos, o que amplia as possibilidades de simulação.
Além disso, o Genie 3 pode ser usado para treinar agentes de IA, criando dados sintéticos que substituem cenários reais — uma vantagem frente à escassez de dados para modelos de linguagem cada vez mais complexos.

A ferramenta pode ajudar artistas e designers a testar a ambientação e o movimento dos personagens antes da finalização de um jogo. No entanto, especialistas da indústria veem a proposta com ceticismo, especialmente quanto à aplicação prática da IA no desenvolvimento profissional.

Ainda existem limitações. A resolução e a taxa de quadros são consideradas baixas, e os ambientes gerados não têm fidelidade ao mundo real. Também ocorrem falhas visuais, como personagens se movimentando de forma errada ou textos confusos, que exigem configuração manual.

Atualmente, os agentes de IA conseguem apenas explorar os mundos gerados. Eles ainda não têm raciocínio para alterar o ambiente de forma independente, e a interação entre múltiplos agentes segue em testes.

O Genie 3 permanece restrito ao uso interno do Google DeepMind, mas há planos de expandir o acesso futuramente.

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