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O Google Quantum AI revelou o chip quântico Willow, um processador de 105 cúbit que aprimora a correção de erros e a escalabilidade. Esse avanço pode acelerar pesquisas em criptografia, inteligência artificial e descoberta de medicamentos, aproximando a computação quântica de aplicações reais.

O que é o chip Willow?

O Willow é a evolução do processador Sycamore, que demonstrou supremacia quântica em 2019. Com quase o dobro de cúbit físicos, ele torna os cálculos mais estáveis e reduz a taxa de erros, avanço essencial para tornar a tecnologia comercialmente viável.

Principais avanços do Willow:

  • 105 cúbit físicos, quase o dobro do Sycamore (54 cúbit);
  • Correção de erros avançada, permitindo cálculos mais confiáveis;
  • Maior escalabilidade, essencial para a próxima geração de computadores quânticos;
  • Redução exponencial de erros, um feito aguardado há mais de 30 anos.

Como a correção de erros revoluciona a computação quântica?

Os cientistas do Google utilizaram um sistema de códigos de superfície, onde vários cúbit físicos trabalham juntos para formar um cúbit lógico mais confiável. Esse método:

  • Detecta e corrige erros automaticamente;
  • Aumenta a estabilidade dos cálculos conforme mais cúbit são adicionados;
  • Facilita a viabilidade da computação quântica comercial.

Nos testes, ao dobrar o número de cúbit físicos de 49 para 105, a taxa de erros caiu drasticamente. Pela primeira vez, a probabilidade de erro de um cúbit lógico ficou menor do que a de um cúbit físico, o que é essencial para a construção de computadores quânticos útis.

O impacto do Willow na supremacia quântica

Em 2019, o chip Sycamore resolveu um problema matemático em 200 segundos, enquanto um supercomputador levaria 10.000 anos. Agora, testes indicam que o Willow pode resolver problemas complexos em menos de cinco minutos, algo que levaria 10²⁴ anos em um supercomputador tradicional.

Esse avanço tem potencial para transformar áreas como:

  • Criptografia, exigindo novos sistemas de segurança pós-quânticos;
  • Inteligência artificial, acelerando o aprendizado de máquina;
  • Ciência dos materiais, permitindo a criação de supercondutores e novas baterias;
  • Medicina, facilitando a modelagem de moléculas para novos medicamentos e vacinas.

Os próximos passos do Google Quantum AI

A meta do Google é construir um computador quântico tolerante a falhas com um milhão de cúbit até 2029. Para isso, a empresa foca em:

  • Aumentar o número de cúbit e aprimorar a escalabilidade;
  • Reduzir ainda mais a taxa de erros;
  • Desenvolver algoritmos específicos para a computação quântica;
  • Criar parcerias com empresas e instituições de pesquisa.

Com o Willow, o Google se posiciona na vanguarda da computação quântica, competindo com IBM, Microsoft e startups inovadoras. Essa nova era da computação promete avanços revolucionários, aproximando a tecnologia quântica da realidade cotidiana.

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